Shotgun Diaries - Rio Outbreak

Relato de aventuras e campanhas de RPG que eu jogo como personagem jogador ou mestre
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brazdias
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Shotgun Diaries - Rio Outbreak

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Diário de Campanha dos nossos jogos de Shotgun online.


Entrada #1: Roubei, Menti e Atirei

brazdias
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Entrada #1

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Entrada #1 - Dia 26/12/2021 - Roubei, Menti e Atirei
(jogado em 28/03/2020)

Eu nem sei como começar direito. Nunca fui muito de escrever mas esse dia está terminando de um jeito muito maluco e eu não sei de verdade por quanto tempo mais vamos aguentar. Não sei no tipo de cara que me transformei...

Não quero pensar nisso agora. Vou me concentrar em fazer esse diário e torcer para que seja útil para alguém algum dia. Por via das dúvidas vou salvar na nuvem. Nunca se sabe..

Meu nome é Alquingel. Antes eu acho que era o único. Depois da pandemia no ano passado parece que esse nome virou até meio comum em alguns lugares do Brasil.. Enfim...

Como todos os dias, eu estava voltando pra casa depois de um dia inteiro dirigindo, entreguei o carro na casa do dono e voltava de metrô quando de repente o trem parou sem qualquer aviso. Havia uma certa comoção no vagão ao lado do meu e o motorista e nenhum outro funcionário dava qualquer satisfação. Estávamos entre estações e ainda bem que tinha mais gente lá comigo. De uma hora pra outra uns 2 caras do meu vagão começaram a passar mal e apresentarem convulsões. Obviamente todo mundo ficou assustado.

Um cara - que depois eu fiquei sabendo que era da área de saúde - começou a tentar ajudar mas meus olhos não saiam da porta que separava o meu vagão e o outro mais atrás. Infelizmente os homens não resistiram e já não apresentavam sinais vitais.

Tentei contato pelo telefone de emergência e ninguém parecia conseguir nos responder. Nessa altura as mulheres já estavam chorando, os passageiros começavam a se aglomerar no pirmieor vagão perto do maquinista. O desespero começou mesmo quando um dos sujeitos perto de mim recebeu um vídeo com alguma coisa sobre zumbis. Normalmente eu receberia essa notícia com uma gargalhada mas isso não aconteceu porque quase no mesmo instante os caras que estavam com convulsão - a aparentemente mortos - começaram a se levantar.

Pela primeira vez eu vi alguém atirando com uma arma de fogo perto de mim. Nem sei explicar como aconteceu de verdade. Dois malucos que estavam ali no vagão puxaram armas não sei de onde e largaram o dedo.

Você já experimentou ficar do lado de um cara disparando com uma pistola num ambiente fechado cheio de gente? Em mortos não tão mortos assim?

Ações desesperadas igual a reações desesperadas. Forcei a porta do motorista e para minha surpresa o cara estava morto também. Meu Deus do céu. Que merda estava acontecendo ali.

Não era hora para pensar. Sentei no lugar dele e comecei a mexer nos painéis. Não era exatamente fácil mas eu já havia visto mutos vídeos na internet e tive que improvisar. Acionei o trem para seguir para próxima estação. De lá poderíamos fugir.


Claro que nenhum plano sobrevive ao campo de batalha. Seria fácil demais...

Na plataforma eram muito caras andando de jeito esquisito, cambaleando e emitindo sons animalescos. Na falta de uma palavra melhor vou usar zumbi mesmo. Zumbis em ambos os lados da estação. Saimos eu, o doutor, um cara que parecia um atleta com aquelas camisas estilo No Pain No Gain (ou algo do gênero), os 2 caras armados. Eu sei. Surreal.

Fujimos e lá fora a coisa não estava melhor. Carros abandonados, corpos, pessoas correndo, chorando, tentando osbreviver. Minha psiquê resistia por um milagre. Nos filmes sempre aparecia um mocinho para salvar o dia. Não era o caso ali e minah idéia foi correr para o ônibus mais perto e fugir para algum lugar com militares. Militares claro. Eles estão sempre preparados.

Todo mundo entrou no ônibus e foi o primeiro segundo desde o começo disso tudo que pudemos respirar. A adrenalina ainda estava alta e mantendo os batimentos acelerados, mas não estavamos cercados por criaturas hediondas e ninguém estava morrendo do nosso lado. Por alguma razão passei direto no quartel da P.E. e fui para o batalhão da PM. O Waldisnei conhecia alguém lá que talvez pudesse ajudar.

O problema é que aquela infestação chegou antes de nós. Achamos um grupo de sobreviventes isolados numa das partes do quartel e antes de sairmos dali pelo menos conseguimos algumas armas. Se você está lendo esse relato e me conhecia dos churrascos e das partidas de futebol deve estar fazendo uma cara estranha lendo eu falar de armas, mas só eu sei o que meu olhos viram naquele metrô. Todo mundo deveria ter uma arma a partir de hoje.

Seguindo uma dica de uma cliente minha, pegamos o ônibus e fomos para o shopping Boulevard em Vila Isabel. Olhando pra trás, me sinto culpado em ter aproveitado a dica e não ter ido buscá-la lá na UERJ, mas meu instinto de sobrevivêmncia definitivamente não está me deixando pensar nos outros nesse momento.

O shopping parecia mais tranquilo do que as ruas, mas de novo era só uma impressão inicial. No último piso haviam muitos zumbis, embora o cinema estivesse protegido por grades e acreditávamos que poderíamos nos refugiar por lá. Eu e Dionathan fomos para o outro lado da praça de alimentação e fizemos barulho para atrair os zumbis e corremos para encontrar com o resto do pessoal. Infelizmente nessa hora eu quase me machuquei e deixei cair a grananda que eu peguei no quartel da PM. Merda..

Seguimos para entrar pela saída de emergência dos cinemas e uns caras que estava por lá queria tomar nossas armas e tomar conta da situação. Nessas horas não dá pra tentar brigar e nem discutir. Está todo mundo meio irracional. O doutor queria deix-alos lá para morrer. O cara do crosssfit eu não entendi muito bem o que queria. Eu sei que o Waldisnei empurrou a porta começou a disparar e acredite ou não: matamos os caras ali mesmo.

Agora estávamos lutando entre nós. Entre sobreviventes.

Mesmo sem experiência com armas eu acertei a perna de um deles.

Nem eu sabia que era capaz disso. Parece que sou razoavelmente bom usando uma pistola. Não que eu esteja me orgulhando disso.

Lá dentro umas 100 pessoas estavam refugiadas e parece que aqueles caras que baleamos que eram os líderes no momento. Tinha alguma comida na bomboniere, mas não suficiente para toda aquela gente. E estávamos cercados. Foi aprimeira vez que planejamos alguma coisa. Alguém deu a idéia de irmos para Angra mas isso era estúpido demais. Longe demais. Falaram Paquetá mas precisaríamos de uma barca, ou pelo menos um barco menor para nos levar lá.

Alguém sugeriu Ilha da Gigóia e embora nossa tentativa de chegar até lá tenha sido frustrada, foi a idéia que nos apegamos.

Saimos em direção ao ônibus que deixamos preparado lá na rua e pelo caminho já boa parte do pessoal do cinema foi atacado e possivelmente morto pelos zumbis. Não olhamos para trás para conferir. Liguei o motor e acelerei cruzando as ruas da Tijuca, Praça da Bandeira, Rio Comprido. No caminho, com remorso, liguei para dona Gertrudes, minha cliente que estava perto da UERJ e era tarde demais. A neta atendeu e a velha estava estranha. Eu sabia o que vinha em seguida. Não havia salvação para elas...


E como toda situação pode piorar, quando chegamos no Rebouças, o caminho estava obstruído por um acidente e mais zumbis. Fomos avisados por 3 pessoas que conseguiram fugir e pegaram carona com a gente. A única maneira seria dar a volta pelo centro e seguir para Barra pegando o Corte do Cantagalo. O combustível era suficiente para isso e me enchi de esperança agora que tinhamos um plano, armas e um destino para seguir.

Chegando perto do Santos Dummont, nos deparamos com barricadas e foi quando me lembrei que ali havia um quartel da aeronáutica. Poderia ser um bom refúgio também. Paramos o nosso veículo, piscamos os faróis e fomos correspondidos. Era um bom sinal. Por via das dúvidas escondemos nossas armas e fomos recebidos pelo o que sobrou dos militares dali.

O cara que aparentemente estava no comendo explicou que nenhum outra unidade militar estava respondendo as tentativas de contato e que pessoas machucadas ou suspeitas estavam sendo encaminhadas para uma espécie de quarentena. Explicamos que todo mundo que encontramos e que não estava contaminado não havia tomado a vacina contra o Corona. Pessoalmente eu já começava a acreditar que esse tal virus já nao fosse uma coisa natural..

Sem melhores alternativas a idéia era passar a noite ali, mas acordei com barulhos de disparos no início da madrugada. Todos corremos para o pátio e nos deparamos com Dionathan caído no chão, baleado e sangrando. Precisaríamos de material de primeiros socorros. Merda, merda. Mil vezes merda.

Voltei lá no ônibus junto com Waldisnei para pegar as armas e graças a Deus estava tudo lá mas não poderíamos mais contar com o veiculo. Estava vazando o óleo todo e encontrar uma oficina ali não seria fácil.

Enzo, que a propósito, é o nome do doutor, entrou na enfermaria sorrateiramente e conseguiu encontrar um lugar relativamente seguro para fazer os primeiros socorros no nosso amigo baleado. Estávamos todos novamente reunidos, armados e assustados. Ilhados numa base militar cheia de possíveis zumbis em potencial e sem um veículo para seguirmos nosso plano.

Bem... não totalmente sem veículo. Havia um pequeno avião no pátio...

Em menos de 5 horas de pesadelo eu, que era um simples motorista, já pilotei o metrô, roubei um ônibus, menti para uma senhorinha de 70 e poucos anos, me envolvi num tiroteio, deixei uma garota adolescente a própria sorte e virei amigo de 2 bandidos. Não sei porque tempo mais eu me reconhecerei...

Equipamento:
Colete
Cacete
Pistola

brazdias
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Entrada #2

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Entrada #2 - Dia 29/12/2021 - xxxx
(jogado em 18/04/2020)

Eu xxx

Jorge e Cesar = medicos

Joao
Marcos

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